Portofino, refúgio de VIPs do mundo inteiro, lugar mais exclusivo da Itália e um dos mais lindos da Europa. Sua fama vem das personalidades internacionais que a frequentam ou já passaram por ela. Mas Portofino não é apenas um lugar bonito, cheio de iates milionários, de lojas de marcas de luxo e bons restaurantes, é também história, cultura, tradições e de uma natureza exuberante a ser contemplada, em seu modo mais pleno. A explore de fato e sentirá sua verdadeira energia.
No decorrer do desenvolvimento deste post, fiquei várias vezes emocionada, Portofino conseguiu me envolver de um modo muito diferente, da maioria dos lugares que visito para escrever, talvez pelo fato de ser muito pequenininha e intimista, me vi muito próxima e tocada por várias histórias, lembranças, pensamentos e personagens locais, tanto os que tive contato pessoalmente, durante as viagens que faço a Portofino, como os que vivem na memória da história local… Mas vamos falar sobre ela, a terra dos VIPs!
Portofino faz parte do Parco Naturale Regionale del Monte di Portofino, aqui na região Liguria, dentro da Província de Gênova, é a menor cidade que faz parte da região metropolitana de Genova. Um exemplo da harmonia da arquitetura local, com as paisagens naturais, que retratam juntas um conjunto perfeito, com o pequeno porto, as vilas suntuosas, as casinhas coloridas, as árvores, os pinheiros, o mar límpido com suas embarcações, as igrejinhas valiosas locais, o Castello Brown, os negócios e restaurantes. Tudo isso faz de Portofino, um dos lugares mais lindos do mundo.
A estrutura do relevo de Portofino faz com que ela esteja sob um promontório isolado, tendo mantido assim, ao longo dos séculos, formas e aspectos originais, preservando uma paisagem cultural antiga, feita de moinhos e celeiros, ligada à atividade agrícola. Por outro lado essa dimensão histórica, se transformou em uma paisagem turística que virou meta na Liguria, Itália, Europa e no mundo, em uma relação da história, com a realidade atual.
Foi colônia na época do Império Romano, passando pela jurisdição dos imperadores do Sacro Império Romano, na Alta Idade Média, mas ninguém sabe, na história, quem fundou Portofino, se foram os fenícios, gregos ou romanos. Segundo as pesquisas, talvez Portofino venha de tempos ainda mais antigos e depois, no decorrer da sua história, passou por diversos domínios e períodos de batalhas e guerras, com o Castello Brown à frente de sua defesa.
Quem nasce em Portofino é chamado “portofinesi”. O nome Portofino pode ter vindo de Porto dei Delfini (Porto dos Golfinhos), devido a semelhança de sua baia, com o formato de um golfinho. Um local que os viajantes britânicos, descobriram pela primeira vez, no final do século XIX.
Vale ressaltar que Portofino não é apenas um local com uma pequena praça, a Via Roma, Molo Umberto, Calata Marconi, orla famosa exclusiva e local cheio de iates milionários, cujas lojas de marcas internacionais de luxo, chamam a atenção, em especial das mulheres. É um lugar rico também em sua arquitetura, suas características culturais, seus cantinhos escondidos, em uma natureza exuberante e de uma beleza de tirar o fôlego, um desenho aprimorado pela natureza, tudo em harmonia, sem que a influência do homem, altere a sua perfeição!
Para sentir a real Portofino, devemos ter a sensibilidade de deixar de lado a correria de ver apenas pontos turísticos rapidamente, pelo fato da cidade ser muito pequena. É necessário superar uma aparente atmosfera local de “esnobismo”, que não faz parte da verdadeira Portofino e sua população simpática e receptiva, orgulhosa e defensora de suas tradições.
Devemos procurar o melhor do vilarejo, apreciar a natureza, explorar os lugares fora da orla, com um pouco de paz. Caminhe e observe os caminhos, esteja presente de verdade! Sugiro pontos como o farol e a trilha que percorremos até ele. O terraço do Castello Brown, observando os pinheiros marítimos gigantes, os vales, as montanhas, o mar, além da arte e história, presente nas igrejas locais, como a Chiesa di San Giorgio e a principal da cidade, que é a Chiesa Divo Martino.
Quem gosta de caminhar, não vai se arrepender de se esforçar um pouco e explorar as partes mais altas, de lá podemos ver as paisagens mais belas!
Ao planejar um roteiro que inclua Portofino, sugiro também toda a beleza ao redor, com lugares como Camogli, San Fruttuoso di Camogli, Paraggi, Santa Margherita Ligure, Zoagli, Sestri Levante, Rapallo, a capital Genova, Recco, para provar a sua famosa focaccia col formaggio di Recco, etc. Não mencionei Cinque Terre porque são sugestões aqui vizinhas, dentro também da Província de Gênova, que em pouco tempo, se vai de uma a outra, mas quem quiser, claro, pode descer até as cinco terras, sem problema algum, ou até subir até Sanremo. A lista de lugares paradisíacos a se conhecer na Liguria é grande e super recomendo explorar mais!
Dica de trilha para fazer em Portofino: Paraggi!
A trilha que liga Paraggi a Portofino é especial. Se tiver tempo faça, começa em Paraggi e termina perto da Chiesa Divo Martino, a principal de Portofino.
Paraggi é uma baia entre Santa Margherita Ligure e Portofino, muito famosa pela sua beleza, a sua praia é rota seleta na Liguria, um pequeno paraíso, conhecido pelas suas águas azuis-esverdeadas, absolutamente cristalinas.
No caminho de Santa Margherita a Portofino fique atento, porque se passa por Paraggi, observe a cor da água, é de cair o queixo. Não vou falar muito sobre Paraggi porque depois vou escrever um post só sobre ela, aqui para o blog!
Se pode pegar o ônibus de Santa Magherita para Portofino, que tem parada em Paraggi e depois fazer a trilha, leva uns 40 minutos, um pouco menos ou mais, depende de como a pessoa caminha e como para por conta das paisagens e fazer fotos. Tem iluminação noturna também.
Outra trilha e imperdível de fazer, até porque se não fizer, não poderá conhecer os pontos turísticos principais de Portofino, é a que vai até o farol, na ponta do promontório, passando pela Chiesa di San Giorgio, o Castello Brown e paisagens deslumbrantes, cheias de pinheiros (veja a foto que já publiquei aqui acima, na trilha até o farol). Se estiver com binóculo, aproveite, porque se tiver sorte, em alguns períodos, pode observar a presença de golfinhos, perto da costa.
A terra dos VIPs
Muito pequenininha, tendo nos dados oficiais atuais, 401 habitantes, Portofino é conhecida por ser refúgio de famosos de todo o mundo, personagens que fizeram ou fazem história.
Eu passei a ter uma ideia da importância do local, quando visitei uma exposição que fizeram em uma sala no Castello Brown, dedicada a fotos antigas de pessoas mega famosas, que já passaram por Portofino.
Estamos falando de Frank Sinatra, Walt Disney, Sophia Loren, Clark Gable, John Wayne, Omar Sharif, Greta Garbo, Ava Gardner, Audrey Hepburn, Rita Hayworth, Ester Williams, Rex Harrison, Glenn Ford, Anita Ekberg, Kim Novak, Marcello Mastroianni, Tyrone Power, Rei Juan Carlos da Espanha, os casais Humphrey Bogart e Lauren Bacall, Richard Burton e Liz Taylor, Umberto Agnelli (da Fiat) e sua esposa Antonella Piaggio (da scooter Vespa), o Príncipe Ranieri de Mônaco, com sua esposa Grace Kelly, que em Portofino passou a lua de mel e Winston Churchill, duque de Windsor. São alguns exemplos dos fãs internacionais no passado, que desfilaram por esse nosso pequeno cantinho da Liguria.
Fôlego que não acabou a lista, destaque para Magic Johnson, Elton John, Madonna, Beyoncé, Leonardo di Caprio, Tom Cruise e Nicole Kidman, Bill Gates e seu sócio fundador da microsoft Paul Allen, Steven Spielberg, Bruce Springsteen, Kevin Spacey e Cate Blanchett, Denzel Washington, Rod Steward e Zulemita Menem, Armani, Valentino, Dolce e Gabbana, Abramovitc, Marc Foster, Boris Becker, Eric Dane, a “tríade” Callas-Meneghini-Onassis (Maria Callas, Giovanni Battista Meneghini e aquele que foi o mais famoso homem mais rico do mundo, o armador grego Aristóteles Onassis), Zinedine Zidane, Renzo Piano (famoso arquiteto genovês no mundo todo), Luis Figo, etc etc etc. A lista de personalidades é infinita.
Curiosidades de cenas protagonizadas por VIPs em Portofino: o ator Rex Harrison em “acrobacias”, comemorando no pequeno porto local, o recém adquirido oscar com o filme My Fair Lady, em que Audrey Hepburn foi protagonista, ou o multimilionário Bill Gates, fundador da Microsoft, um dos homens mais ricos do mundo, flagrado analisando o preço dos restaurantes locais, defronte o mar.
Nos anos cinquenta e sessenta, Portofino poderia ser confundida com uma filial de Hollywood, as celebridades eram notadas por todos. Hoje os famosos continuam visitando o pequeno vilarejo ligure, porém agora predomina a privacidade, o que não quer dizer que de vez em quando algum vip não seja flagrado passeando tranquilamente por Portofino, como recentemente o ator Pierce Brosnan, o 007 James Bond, aqui em foto que recebi da Juliana, do restaurante Strainer, quando ele passou no Panificio Canale, onde ele voltou para fazer várias comprinhas.
Aliás depois apareceu em vários jornais do mundo a visita dele, porém a primeira divulgação foi aqui do blog, no minuto em que a Jú fez a foto dele e me enviou, já passei a foto na fanpage do blog no Facebook e no @naliguria, no Instagram. Os amigos brasileiros passeando em Portofino naquele dia, poderiam cruzar com ele tranquilamente. Eu infelizmente não estava em Portofino nesse dia.
Atualização: mas já encontrei a Kim Kardashian e com Andrea Bocelli e seu filho Matteo Bocelli, no mesmo dia, quando foram cantar no casamento de uma das irmãs da Kim Kardashian, que foi realizado no Castello Brown, a convite de Dolce & Gabbana. Eles tem duas vilas em Portofino (vila na Itália é equivalente a uma mansão no Brasil).
Fatos com personalidades que marcaram a história de Portofino
Existe uma linha que separa esses famosos que trouxeram mais notoriedade a Portofino e aqueles que de fato foram personagens que marcaram a sua história, em modo efetivo. Sobre esses aqui podemos já citar o papa Gregorio XI, lembrado em uma lápide murada, em uma parede, na Chiesa Divo Martino (ou Chiesa di San Martino), que em 1376, chegou em Portofino escoltado por trinta e um navios, quando estava retornando de Avignone, na França, para Roma, de modo a colocar de volta em Roma, a sede papal.
Vários pontífices, soberanos, reis, imperadores, autoridades, passaram pela história de Portofino, mas gostaria de lembrar a baronesa inglesa Jeannie Watt Von Mumm, esposa de um diplomata alemão. Ela viveu no Castello Brown e tem uma placa em sua homenagem, na Chiesa di San Giorgio, pois graças a ela, Portofino ainda existe. Foi ela que convenceu o comandante das tropas alemães, na segunda guerra mundial, Ernst Reimers, a não destruir Portofino, em 1945. Ele já tinha minado toda a cidade, em sua retirada, e iria acionar os detonadores.
Aliás a passagem histórica desse senhor nazista Ernst Reimers por Portofino, deixou cicatrizes profundas. Ele mandou fuzilar em segredo 22 prisioneiros de guerra, da resistência, em dezembro de 1944, provavelmente em represália contra Garibaldi, na pequena praia chamada Spiaggia dell’Olivetta, que podemos chegar descendo por um caminho, onde tem uma indicação, junto ao Castello Brown. Bem, ele uniu os corpos com fios de ferro, amarrou em pedras pesadas e jogou fuzilados no mar, de modo a ocultar o crime e não serem encontrados.
Friedrich Nietzsche iniciou em Portofino, no final de 1882 e início de 1883, a escrever “Assim falava Zarathustra”, que inspirou significativamente o mundo moderno, inspirado pelas belezas locais de Portofino, Genova, Santa Margherita Ligure, Rapallo e Chiavari.
Guglielmo Marconi fez em Portofino seus experimentos sobre a onda curta, ele foi o inventor do sistema de telecomunicação à distância, por ondas de rádio, telegrafia sem fio. A evolução de suas descobertas levou ao desenvolvimento do rádio e da televisão e em geral, de todos os sistemas modernos de radiocomunicação, que usam comunicações sem fio, recebendo assim o prêmio nobel de física em 1909, junto com Carl Ferdinand Braun.
A misteriosa e supostamente “amaldiçoada” Villa Altachiara: Existe uma vila em Portofino, a Villa Altachiara, considerada uma das mais belas do mediterrâneo, construída em 1874, pelo pai de George Edward Stanhope Molyneux Herbert (o quinto conde de Carnarvon), o conde milionário que financiou e junto com Howard Carter, descobriu a tumba do faraó Tutankhamon. Poucos meses depois da descoberta, em 1922, no Vale dos Reis, no Egito, George morreu por uma picada de inseto, começando após isso uma série de mortes misteriosas daqueles ligados a violação do descanso do faraó, segundo avisos em inscrições egípcias, que quem violasse o descanso de algum faraó do antigo Egito, seria morto.
Outro episódio foi que um banqueiro que alugou a vila, terminou entrando em falência.
Em 1968 a vila foi vendida ao conde Corrado Agusta. Após a sua morte, passou a sua viúva, a condessa Francesca Vacca Agusta, conhecida pela sua beleza e riqueza, que em 18 de janeiro de 2001 morreu, deprimida, escorregando em noite chuvosa, de um penhasco defronte um terraço na vila e caindo já morta no mar. Seu corpo foi encontrado alguns dias depois já no Sul da França, levado pela correnteza. O Sul da França faz divisa aqui com a Liguria.
Muitas histórias envolveram a condessa Vacca e personagens ligados à ela, foram muitas matérias por muito tempo nos jornais italianos, investigações, intervenção fiscal, prisão, tentativa de suicídio, depressão, milhões em euro, a sua morte considerada acidente, mas sempre com muita especulação sobre suicídio ou assassinato. Suas jóias roubadas depois e vendidas no exterior. Enfim, pesquisei bastante, mas como fiquei angustiada e não quero que os meus leitores fiquem ao ler esse post, pois achei tudo muito triste, vamos deixar de lado, saber do básico e correr para as milhares de coisas boas em Portofino que melhor vero? Já aqui falei muito rs…
Em 2006, o filho de três aninhos de Maurizio Raggio, proprietário do restaurante La Gritta, de Portofino, ex-namorado da condessa Vacca, e que como herdeiro dela, morava na vila, cai de uma varanda lá e só sobrevive após três dias de terapia intensiva no hospital Gaslini de Genova.
Com 40 dependências, em três andares, com 1200 metros quadrados, piscina e o único heliporto de Portofino, cercada por um parque de 35 mil metros quadrados, a Villa Altachiara está avaliada em 34 milhões de euro, mas por causa de todo o misticismo em torno da vila, após a morte da condessa Vacca, desde 2001, ela teve dificuldade em ser vendida, mas finalmente um milionário russo a comprou por 25 milhões de euro, em 2015.
Curioso é que uma sobrinha do conde George, marcado pela maldição de Tutankhamon, também morreu na vila, escorregando e caindo no mar, exatamente como a condessa Francesca Vacca… Coincidência? Fica o mistério…
Esses fatos são verídicos, a única controvérsia seria da morte da sobrinha do conde George, que alguns moradores de Portofino falam não ser verdade, que teria caído na vila, mas que se recuperou. Sobre isso após tantos e tantos anos ninguém saberá mais a verdade, conta a história que ela morreu…
Enfim, sobre a Villa Altachiara cabe a imaginação de cada um pensar o que desejar. Eu em particular sendo uma pessoa sensível, durante tantas e tantas pesquisas que fiz para poder escrever essa parte do post, não me sinto confortável, algo pesado no ar, que creio seja normal ao lidar com fatos tristes como a história da condessa Vacca e tudo que envolve sua morte, que não relatei aqui, pois não é o objetivo do post e vejo Portofino como ela realmente é, um lugar lindo, alegre, maravilhoso e único ao mundo! Não vamos fazer turismo nessa vila certo? Quero ver só de longe e ela fica em um local lá no alto, que nunca vamos rs…
O Parco Naturale Regionale del Monte di Portofino
O promontório de Portofino é uma riqueza que une natureza, história, arte e muita beleza, além da elegância única do local seleto que é Portofino! O seu charme vem também de sua vegetação luxuosa com os seus pinheiros-de-alepo, um dos pinheiros mais belos que existe, típico de áreas mais quentes do Mediterrâneo.
O Parco Naturale Regionale del Monte di Portofino tem vista para o Golfo de Tigullio e o Golfo Paradiso, representando a área costeira protegida, localizada mais ao norte do Mediterrâneo Ocidental, abrigando uma das maiores concentrações florísticas do Mediterrâneo.
Fundado em 1935, sob o controle da Região Liguria, protege a área do promontório de Portofino, flora, fauna e paisagens, nas cidades de Portofino, Santa Margherita Ligure e Camogli. Possui 4.660 hectares, circundado por florestas de azinheiras típicas do mediterrâneo, oliveiras de Nozarego (pequeno burgo local) e do Valle dei Mulini, um vale com restos de 35 moinhos de azeite seculares, alimentados por águas perenes, vindas de um complexo sistema de canais. No vale, podemos observar o tradicional terrazzamento (nosso tradicional cultivo em terraços, devido nossa geografia montanhosa) e os moinhos.
O bianco di Portofino é o vinho local, conhecido por ser cantado pelo cantor genovês que é um mito como artista na Itália, tido como o maior cantor italiano de todos os tempos, Fabrizio De Andrè, na sua famosa canção, Crêuza de mä.
A Cala dell’Oro é uma parte “selvagem” do parque, cheia de cores e de perfume da vegetação intensa, com pinheiros, flores roxas chamadas “urze”, madressilva do mar, murta, lentisco, medronheiro, vassoura etc… Tudo isso junto forma uma composição de flores super coloridas.
O monte de Portofino, tem uma flora exuberante, muito rica em espécies raras e interessantes, oriundas das características de seu ambiente único. Podemos observar nos jardins das luxuosas “vilas” ( vila é como chamamos na Itália imóveis grandes, suntuosos, com uma área extensa, com jardins etc. Mansões ao estilo italiano) de Portofino, a ação do homem durante a história, que soube aproveitar o clima e o solo local, para adaptar espécies lindas e exóticas.
Sobre os animais predominam os javalis e as raposas, mas também as toutinegras (pássaro lindo) e a “tortora” que é um pássaro da família das pombas, se parece muito. Outros bichinhos típicos são a “puzzola” que é a doninha-fedorenta ou cangambá, que tem aquela defesa com odor ruim igual o gambá (espero nunca encontrar em minhas andanças rs…), o gavião e os esquilos.
A parte do Golfo Paradiso no parque que vai de Camogli a Punta Chiappa, liga a civilização rural e marítima local. De uma parte há oliveiras e pomares de citrinos na costa, além de figueiras, castanheiras, os pinheiros e as azinheiras. De outra o Porto Pidocchio, a pequena marina de onde hoje ainda sai uma das últimas “tonnara” do mediterrâneo, que seria um tipo antigo de pesca em redes especiais, de atum vermelho que supere mais de 100kg.
A Area Marina Protetta di Portofino
O Parque Regional de Portofino tem uma área marinha protegida também, assim como Cinque Terre. Com o objetivo de proteger o fundo do mar e a costa, em frente ao promontório de Portofino, ela foi criada em 1999, por decreto do Ministério do Ambiente. São 13 km de costa, dividida em três zonas de proteção.
Nessa área o formato do fundo do mar é caracterizado por paredes íngremes. Em Punta Mesco podemos admirar falésias com dezenas de metros de profundidade, assim como em Capo Montenero, em associação com formações biológicas como corais, cavernas semi-escuras e também detritos costeiros, que seriam as áreas onde as rochas estão a poucos metros de profundidade, onde começam as partes arenosas ou com pequenas concentrações de Posidonia oceanica, planta aquática do mediterrâneo.
A área marinha protegida de Portofino é cheia de vida, encontramos diferentes tipos de flora marinha, são muitas formas de algas, tem algas verdes, algas vermelhas, que podem formar estruturas de calcário, algas corais, algas rosas, algas marrons, entre outras, além de esponjas, moluscos e fanerógamas marinhas, que são plantas superiores que durante a sua evolução, se adaptaram a viver no fundo do mar, tem raízes, caules e podem produzir flores e frutos. Elas dão origem a ambientes fundamentais para a vida de organismos animais.
Passeando por Portofino, pontos turísticos
Conhecer os pontos turísticos de Portofino, é mais que isso, é viver uma natureza exótica e elegante, atravessando um trilha com paisagens de sonho, para poder chegar a alguns deles, como a Chiesa di San Giorgio, o cemitério local, o Castello Brown e o faro! Do castelo podemos ver 4km da nossa costa! Abrace de coração esses penhascos, namorando lá de cima, aquelas águas azuis. Faça fotos panorâmicas e seja feliz!
Antes dessas paisagens deslumbrantes do alto, passe na Chiesa Divo San Martino e no Oratorio di Nostra Signora Assunta, depois aproveite a Via Roma, a rua principal da cidade, que vai te levar até o coração de Portofino, a piazzetta (sua orla), no seu centro e no Molo Umberto e Calata Marconi.
A Chiesa Divo Martino (ou Chiesa di San Martino)
Embora a Chiesa di San Giorgio seja a mais visitada em Portofino, a Chiesa Divo Martino, localizada na parte mais antiga do vilarejo, é a mais importante da cidade. Em 1548 ela foi “consagrada”, após encontrarem abaixo do seu altar, uma caixa com relíquias dos santos mártires Dorotea, Cassiano e Vincenzo.
Acredita-se que ela tenha sido construída para substituir outra mais primitiva que existia em Portofino, no ano de 986, com estilo românico-lombardo, sendo então doada aos monges da Abadia de San Fruttuoso. E como grande parte das igrejas antigas, ela passou por reformas, sua estrutura atual vem de uma reforma realizada no final do século XIX, mas mesmo assim, se observarmos a sua fachada, ainda podemos ver características de seu estilo românico original, na sua forma saliente central, nos arcos perto do teto, na porta central, no rosone (rosácea) e na torre do sino, mantendo assim sua atmosfera medieval.
Na sua porta principal em bronze, o escultor milanês Costanzo Mongini, retratou um milagre do século XVIII, quando São Jorge protegeu Portofino de um ataque pirata, muito comum nessa época. Segundo a crença, o ataque violento foi evitado por uma forte tempestade enviada pelo santo, que é o protetor de Portofino, afastando todos os barcos piratas da baia.
Os destaques para o seu interior são de uma estátua em madeira da Madonna Addolorata (Nossa Senhora das Dores), do século XVIII, uma grande escultura em madeira do famoso escultor genovês Anton Maria Maragliano (já citei obras dele em Cinque Terre também), representando cinco figuras, o Cristo deposto, Madalena, San Giovanni, a Madonna Addolorata e Giuseppe da Arimatea. E uma lápide murada, em uma parede, em homenagem ao papa Gregorio XI, que em 1376, chegou em Portofino escoltado por trinta e um navios, quando estava retornando de Avignone, na França, para Roma, de modo a colocar de volta em Roma, a sede papal, como já citei no início do post.
Oratorio di Nostra Signora Assunta
O Oratorio di Santa Maria Assunta, em homenagem a santa, é sede da Confraternità dei Disciplianti (ou confraria dos disciplinadores, em português), e foi fundada por ela, no século XIV.
Na entrada principal, tem um portão de ardósia que remonta ao Renascimento. Na parte superior do portão, um tipo de arco, de 1555, onde a Nossa Senhora e o menino Jesus, cercados por confrades, são representados em baixo-relevo.
No seu interior, existem duas grandes crucificações processionais, uma branca e uma preta, que pesam 105 e 115 kg, respectivamente. Ainda hoje eles são levados em procissão por ocasião da festa de São Jorge, padroeiro de Portofino.
O Museu del Parco (Centro Internazionale di Scultura all’Aperto)
O Museu do Parque de Portofino, é um centro internacional de esculturas ao ar livre, o maior da Itália nesse segmento. Foi aberto no início dos anos 80, pelo sonho do seu diretor, Daniele Crippa.
São mais ou menos três hectares, em um lindo jardim, em terraços de pedra, defronte o mar de Portofino. O jardim foi construído no início desse século, pelo barão Mumm, com plantas raras, de várias partes do mundo, inclusive do Japão.
No museu estão obras de vários renomados artistas internacionais, são mais de 145 obras, de diferentes materiais e tamanhos. Todos os anos o museu recebe novas obras, sendo assim sempre renovado. A cada dois anos publica um grande catálogo, lindamente decorado com fotos das obras do museu (o senhor Gastone, que menciono abaixo, me mostrou um, estava lá no museu, disponível para compra).
Os artistas geralmente vão conhecer o museu, escolhem o ponto onde ficarão suas obras e após isso, as criam. Já o jardim é uma obra de arte, junto com as esculturas, a beleza de Portofino e seu mar, formam um conjunto harmônico único. Os artistas sabem também da importância de ter uma obra em um lugar onde pode ser vista por personalidades do mundo todo, como é em Portofino.
Não deixem essa visita de lado, porque as fotografias que podemos fazer, utilizando nelas a harmonia do jardim maravilhoso, com as obras do museu de fundo, são fantásticas!
Eu preciso agradecer ao senhor Gastone, que cuida do museu. Em modo muito tranquilo e despojado, se entra no museu aberto e ele recebe dos turistas, o valor da entrada.
Eu não tinha essa visita programada, foi tudo muito natural, já tinha feito várias fotos em visitas antecedentes, mas de baixo, na frente do museu. Depois, em uma outra viagem, resolvi entrar e conheci o senhor Gastone, ele me atendeu em modo improvisado, com muita simpatia e foi ótimo.
Após a visita, passamos a conversar por bastante tempo, fiz inclusive uma live longa para a fanpage do Na Liguria, lá no facebook, nesse dia, conversando com ele ao vivo. Ele simpaticamente me falou que se eu chegasse para visitar o museu e estivesse fechado, poderia procurar por ele, na casa dele, em Portofino, que ele viria com boa vontade abrir para mim.
Gente, essa é a energia de uma pessoa idosa, que ama receber carinho e atenção, que vive se sentindo útil, com felicidade naquilo que faz. Sou muito grata pelas pessoas maravilhosas que o universo colocou no meu caminho, em Portofino!
O museu abre de junho a setembro, das 10h às 13h e das 15h às 19h (menos nas terças-feiras). No inverno ele pode permanecer fechado. Valor do ingressso €5 (EURO).
No site do museu tem fotos de diversas obras, indicando quem são os escultores www.museodiportofino.it
A Chiesa di San Giorgio
Dedicada a São Jorge, a Chiesa di San Giorgio, é do ano de 1154, data da sua primeira construção, em estilo românico.
Durante escavações, foram encontrados resquícios de uma capela, anterior a ela. Dela temos uma das vistas mais lindas de Portofino, um cartão postal visto desse ponto, não a deixe de visitar.
Ela já foi destruída quatro vezes em guerras e depois reconstruída. Uma das vezes foi na segunda guerra mundial, totalmente destruída por uma bomba lançada, por um avião britânico. Sendo nesse caso reconstruída em 1950, com recursos dos habitantes de Portofino.
Nela, dentro de um santuário, escavado nas rochas, sob o altar-mor, em uma caixa de prata, se encontram relíquias de São Jorge, mártir soldado cristão, decapitado por ordem de Diocleziano (imperador romano), em Nicomedia, na Turquia.
Segundo a história de Portofino, a maior parte do corpo de santo de São Jorge, foi transferido por marinheiros a Portofino, no caminho de volta de uma viagem de navios de guerra, para a terra santa, durante as cruzadas, embora sua tumba esteja oficialmente em Lod (Lida), em Israel.
Na igreja ainda existem algumas pinturas valiosas, mas muitas obras foram perdidas, em suas destruições.
Não é o caso de narrar a história de vida de São Jorge nesse post, mas a ligação de Genova com ele é muito forte. Portofino é região metropolitana de Genova.
O Cemitério de Portofino
Não é um ponto turístico, mas não posso deixar de mencionar que logo ao lado da Chiesa di San Giorgio, encontra-se o pequeno cemitério local, podendo ser classificado também como um cemitério de heróis, pois ali estão juntas as tumbas de marinheiros portofinesi e heróis de guerra.
Entre os túmulos em destaque um busto de bronze, com uma expressão orgulhosa, logo na entrada, em mármore negro, com letras douradas, é do almirante e político, o marquês Luigi Durand de la Penne, herói da segunda guerra mundial e a alguns metros de distância o de Nedo Nadi, primeiro oficial da cavalaria e seis vezes campeão olímpico de esgrima.
O cemitério abre no meses frios (baixa temporada) das 8h às 17h e nos meses mais quentes (alta temporada) das 8h às 18h.
O Castello Brown
Após conhecer a Chiesa di San Giorgio e o cemitério, pegamos o caminho, continuando a subida no promontório, para chegar ao Castello Brown.
O que eu em particular acho mais interessante no castelo? As vistas deslumbrantes e seus jardins, suas áreas externas que nos põe em contato com toda a exuberância da vegetação local, de sua natureza, de toda parte as vistas são fabulosas.
De origem antiga, o Castello Brown é uma fortaleza com o estilo medieval que predomina na Península, segundo estudos, foi construído por volta do século X, sobre os restos de uma antiga fortaleza utilizada para proteção do vilarejo, cuja construção, remonta à época romana. Em algumas escavações, foram encontrados vestígios romanos, que datam do século II ou III, de uma torre de avistamento.
Segundo fontes que pesquisei, incluindo as informações que divulga o próprio Castello Brown, e que passo aqui no texto sobre ele, na sua história, existia uma pessoa, responsável pela sua vigilância, nomeada pela República de Gênova, tinha o título de castellano, e junto a ele, mais uns quatro soldados, responsáveis por bombardeamentos e canhões leves.
Em 1435, uma flota veneziana, destruiu Zoagli e conquistou Santa Margherita Ligure, mas o Castello Brown salvou Portofino, dando prova da sua importância militar.
No início de 1500, ele foi ampliado com novas partes, a poucos metros de distância, se destacando uma torre de avistamento e outra construção, em uma pequena colina, defronte o castelo. Essa ampliação foi projetada de modo a se ter um extenso controle do vilarejo, se vendo também todo o horizonte, do Golfo de Gênova, ao Golfo do Tigullio, assim qualquer movimento naval, seria imediatamente informado ao castellano, visto que eram frequentes os ataques dos piratas sarracenos, que aliás, por causa disso, o castelo também foi equipado com novos alojamentos para guarnição, munições e armas, durante seu período de obras e melhorias, que tornou ainda maior, o seu forte sistema de defesa.
E foi nesse período, que a partir de 1542, um especialista em segurança, modernizou ainda mais o seu sistema de defesa, terminando a extensão das obras, em 1557. Outros ampliamentos foram feitos ainda, entre 1622 e 1624, durante a guerra entre Genova e o Ducato di Savoia. Em 1728, novo fortalecimento, restaurando os muros e substituindo todo o armamento.
Em 1797, o Castello Brown passa ao domínio francês, após a conquista napoleônica da Liguria. Depois para o Reino da Sardenha e depois para o novo Reino da Itália, posteriormente perdendo a sua importância militar, sendo abandonado e em 1867, desarmado.
Depois ele foi comprado pelo cônsul inglês Montague Yeats Brown, da qual levou o nome, e virou propriedade privada, passando ainda por outros proprietários. Hoje o castelo é propriedade de Portofino, desde 1961 e abriga o escritório do parque marinho e do serviço meteorológico.
No seu interior existem móveis em mármore ou ardósia, objetos de arte e baixos relevos, janelas em estilo gótico. Subindo ao andar superior, passamos por uma escada coberta de laggioni, que são uma espécie de azulejos compostos, coloridos, desenhados com formas, que decoram muitos tetos e pavimentos de igrejas ligures, é uma invenção árabe, que foi difundida na Liguria, no final do século XIII. Da escada, observe um teto medieval em madeira, pintado com imagens de santos, mártires e governantes. Já a sala do andar superior é coberta por abobadas cruzadas, característica do estilo gótico, em estilo lombardo (podem lembrar do teto do Duomo de Milão, que é cheio delas)
Seus jardins mediterrâneos com pérgulas, são um espetáculo à parte, cheios de flores e rosas, com destaque para o seu terraço “belvedere”, com toda uma vista do alto, para a baia de Portofino. Hoje o castelo pode ser visitado e alugado para eventos.
Horários de visita (segundo o site do castelo):
- De 01 de abril a 31 de outubro, todos os dias, das 10h às 19h
- De 01 de novembro a 31 de março, aos sábados e domingos, das 10h às 17h.
O faro di Portofino
O faro di Portofino fica na ponta extrema do promontório, é uma trilha até chegar nele, passando pela Chiesa di San Giorgio e pelo Castello Brown. Já do castelo se desce, é bem tranquilo chegar em poucos minutos no farol, só puxa um pouquinho na volta, mas nada exagerado também.
Observem a vegetação linda que existe no caminho até o farol, na ida, e observem os ângulos no retorno, é de tirar o fôlego, cheio de pinheiros! Pois é, se é primavera, verão, ou em qualquer estação, o dia estando bonito, na sua visita a Portofino, não deixe de fora o farol e aproveite também para fazer um aperitivo no bar local Al Faro di Portofino Lounge Bar/ La Portofinese.
E se deseja conhecer Portofino como se deve, em detalhes, os seus cantinhos especiais, seus segredos, melhores pontos para fotografias panorâmicas etc… Venha com o único blog da região na língua portuguesa! Entre em contato através do email adrileite10@gmail.com e solicite um orçamento. Temos opção de Portofino incluindo também Camogli, que é uma cidade vizinha e uma das mais interessantes a se conhecer na Liguria.
Festa tradicional de Portofino: Il falò di San Giorgio
Il falò di San Giorgio (a fogueira de São Jorge) é uma tradição ligada a São Jorge, porque ele é o padroeiro de Portofino. Essa é uma festa tradicional que dura alguns dias, iniciando em 23 de abril, dia principal, quando a fogueira é acessa. Nesse dia, de noite, é celebrada uma missa, depois os habitantes de Portofino saem em procissão com a arca de São Jorge, até a piazetta, a pracinha na orla, e lá o prefeito, junto com as crianças de Portofino, acendem uma grande fogueira. A noite termina com fogos de artifício.
Uma tradição desse dia é que na fogueira é colocada uma grande vara de madeira e no entorno dela fica toda a madeira da fogueira a ser queimada. Durante a queima, uma hora essa vara irá cair, se cair na direção do mar é sinal de bom presságio.
Onde comer em Portofino
ESTA PARTE DO ARTIGO SERÁ BREVE ATUALIZADA COM OS ATUAIS MELHORES RESTAURANTES, QUE PRECISO INSERIR AS INFORMAÇÕES, MAS PODEM JÁ ANOTAR OS 2 RESTAURANTES “DA I GEMELLI”, O RESTAURANTE STRAINER, O RESTAURANTE CRACCO E O LA TERRAZZA DO HOTEL BELMOND SPLENDIDO.
Portofino tem muitos lugares bacanas para comer, a orla é recheada de restaurantes agradáveis defronte a beleza local. Vou deixar aqui o resumo de três sugestões, porque já tenho as dicas nesse outro post de Portofino: Dicas de onde comer em Portofino. Ele eu estarei atualizando sempre ao provar novos locais.
Restaurante Puny: Existem dois restaurantes que não são apenas restaurantes, mas pedaços da alma de Portofino, o Puny, de Luigi “Puny” Miroli e o La Gritta, de Maurizio Raggio (ex-namorado da condessa Francesca Vacca, da Villa Altachiara, que contei a história no início do post)
O restaurante mais famoso de Portofino é o Puny! Mas não é questão de ser famoso só porque tem excelência em seus pratos, mas porque faz parte da história e memória gastronômica de Portofino, é uma identidade local, no melhor ponto do vilarejo, defronte o mar, na piazzetta.
O Puny sempre recebeu muitos dos VIPs em Portofino e nunca precisou fazer propaganda, porque sua fama veio do boca a boca. Magic Johnson, o mais conhecido jogador americano de basquete, criou o hábito de vir todos os anos ao Puny para festejar seu aniversário, uma vez fechou o Puny para suas bodas de prata. Outros clientes famosos são Denzel Washington (já um amigo e cliente frequente, junto com Magic Johnson), Bill Gates e seu sócio fundador da microsoft Paul Allen, Steven Spielberg, Elton John, Madonna, Beyoncè, Audrey Hepburn, Ava Gardner, Armani, Valentino, Dolce e Gabbana, Omar Sharif, Abramovitc, Renzo Piano (famoso arquiteto genovês no mundo todo) etc.
As suas especialidades estão baseadas na típica cozinha ligure, são os fritos, as anchovas, o nosso pesto com vagem e batata etc.
E resumindo que passo mais detalhes do Puny no post de “Dicas de onde comer em Portofino”, aqui no blog, o Puny não é um restaurante, é um mito em Portofino!
Outro dia passei para almoçar, mas estava fechado (fecha nas quintas), estava lá uma senhora idosa, com os cabelos todos brancos, muito gentil e simpática, era a viúva do Puny, do qual me falou com tristeza e nostalgia… Ela me deu de presente o menu do Puny, deixei meu cartão de visita com ela e fiquei de voltar.
Sobre valores devemos saber que iremos pagar no geral apenas o dobro da média italiana, não é absurdamente caro como falam, isso é folclore, os preços são justos. Importante que estamos em um lugar excelente, no ponto mais privilegiado, do local mais exclusivo da Itália e merecemos nos dar esse presente!
Al Faro di Portofino Lounge Bar/ La Portofinese: O pequeno bar, na ponta do farol de Portofino, na área mais extrema do promontório e que faz parte da sociedade agrícola La Portofinese.
É incrível, com uma vista impagável do mar e do horizonte, com as montanhas e Santa Margherita Ligure ao fundo. Já a vista vale sentar no local, é um sonho, bem como o caminho que percorremos até o farol! Tudo o que já provei lá foi de ótima qualidade, bem como o atendimento muito simpático, música e a magia do pôr do sol local.
Gelateria Gepi: Não deixe de jeito nenhum de tomar um gelato na Gepi, eu já fui em milhares de gelaterias aqui na Itália e a Gepi realmente se destaca, inclusive gosto mais dela que da famosa Dondoli, de San Gimignano, na Toscana. O gelato da Gepi de Portofino é impressionante!
Seguindo o padrão de alta qualidade da gastronomia italiana, o gelato é 100% natural, sem gordura hidrogenada. A Gepi tem opção de gelato vegano e sem glúten também. Além disso tem milk shakes, iogurtes, saladas, sanduíches, crepes, waffles, cafés e outras bebidas.
- Restaurante Puny: Piazza Martiri dell”Olivetta 5, Portofino
- Al Faro di Portofino Lounge Bar/ La Portofinese: Via alla Penisola 18, no farol de Portofino
- Gelateria Gepi: Piazzetta della Magnolia 2, Portofino
Como chegar a Portofino
- De trem + ônibus: Não existe estação de trem em Portofino, então tem de pegar um trem até Santa Margherita Ligure e de lá optar pelo ônibus exclusivo para Portofino, ou optar pelo barco, ou pegar um táxi e tem também aluguel de bicicletas. Tanto o ônibus para Portofino, como táxi, tem ponto já na estação, bem como o aluguel das bicicletas. Para o barco, só descer a escada na frente da estação, para descer até Santa e de lá seguir para o embarque dos barcos, na orla (você já estará na orla). Observe se tem serviço de barco no mês que você vem e horários.
- De ônibus: Existe um ônibus que é exclusivo para a ligação entre Santa Margherita Ligure e Portofino, ida e volta, são mais ou menos 15 minutos de trajeto e o tempo entre a saída de um ou outro, depende da estação do ano. O horário regular é, a cada 20 minutos, a partir das 6h 15min até 22h (até 00h 45min na alta estação). Verifique se vem em mês de baixa estação, quais serão os horários vigentes.
- De bicicleta: Para quem tem mais tempo e prefere algo em sintonia com a natureza, na estação de Santa Margherita tem aluguel de bicicletas, que se pode utilizar até Portofino (bike sharing Portofino Park&Bike) e estacionar a bike na Piazza della Libertà, ao chegar em Portofino. São bicicletas movidas a energia solar, que se pode alugar com limite de horas, por um dia, por uma semana, por um ano etc. Vou deixar nas informações adicionais, aqui no final do post, o site desse serviço e lá tem todas as informações, pontos das bicicletas, valores, onde comprar o acesso etc.
- De barco: Tem barco que se pega já diretamente em Santa Margherita Ligure, que faz a ligação pelo mar até Portofino, bem como barcos que vem de outras cidades (leve dinheiro para pagar em espécie). Observe aqui no final do post, no tópico de informações úteis, os links de deixei das companhias marítimas.
- De carro: Rodovia A12 Genova – La Spezia (saída Rapallo), seguindo as indicações para Santa Marguerita Ligure – Portofino.
- De avião: O aeroporto mais próximo é o de Genova, capital da Liguria (Aeroporto Internazionale Cristoforo Colombo), se pode considerar também o de Pisa, na Toscana (Pisa Galileo Galilei International) e muita gente chega na Itália, aqui no Norte, pelo aeroporto principal da região Lombardia, o Milano Malpensa. Depois se deve escolher outro meio de transporte para chegar em Portofino claro.
Onde se hospedar para conhecer Portofino
Quem vai conhecer Portofino geralmente opta por se hospedar na própria Portofino, em Santa Margherita Ligure ou Genova, mas se pode escolher também outras cidades vizinhas, como Rapallo por exemplo, que é outra boa opção, além de outras belíssimas cidades como Camogli e Sestri Levante. Lembrando que Portofino é cara, por esse motivo nem todos escolhem se hospedar por lá.
Vou deixar indicações de alguns hotéis em Portofino, Paraggi, Santa Margherita Ligure e Genova, só clicar no nome que se vai diretamente ao Booking, onde se pode fazer a reserva.
Caso deseje se hospedar em outra cidade, tenho além das opções que já deixei aqui, dicas de outros hotéis em Camogli, Sestri Levante e Rapallo também, nesse outro post no blog, clique aqui e veja: Dicas de onde se hospedar para conhecer Portofino
Em Portofino:
Em Portofino clique aqui e reserve o Belmond Hotel Splendido
Em Portofino clique aqui e reserve o Eight Hotel Portofino
Em Portofino clique aqui e reserve o Hotel Piccolo Portofino
Este hotel tem um ótimo custo benefício, visto os valores de outros de luxo e com preços altos, por serem em Portofino
Em Portofino clique aqui e reserve o Albergo Nazionale Portofino
Esta é uma opção com bom custo benefício, um hotel simples, porém decente e a localização incrível, em plena pracinha de Portofino, na orla, lugar mais privilegiado que poderia custar muito.
Em Portofino clique aqui e reserve o Wanderlust Apartment
Opção de apartamento com excelente localização
Em Portofino clique aqui e reserve o Altido Casa Viacava Portofino
Opção de apartamento com excelente localização
Em Portofino clique aqui e reserve o Brand New Apt in the Heart of Portofino
Opção de apartamento com ótima localização
Em Portofino clique aqui e reserve o Portofino Dream Flexyrent
Opção de apartamento com mais espaço
Em Portofino clique aqui e reserve o PortoFino Yacht
Aqui opção para quem pode e quer pagar muito, se hospedando em um iate de luxo.
Em Paraggi:
Em Paraggi clique aqui e reserve o Eight Hotel Paraggi
Em Santa Margherita Ligure:
Em Santa Margherita Ligure clique aqui e reserve o Grand Hotel Miramare
Em Santa Margherita Ligure clique aqui e reserve o Imperiale Palace Hotel
Em Santa Margherita Ligure clique aqui e reserve o Hotel Continental
Em Santa Margherita Ligure clique aqui e reserve o Hotel Laurin
Em Santa Margherita Ligure clique aqui e reserve o Hotel Helios
Em Santa Margherita Ligure clique aqui e reserve o Hotel Tigullio Et De Milan
Já me hospedei neste hotel e achei um bom custo benefício, visto os preços locais. É bonito e com ótima localização, perto da orla.
Em Genova:
Em Genova clique aqui e reserve o Grand Hotel Savoia
O Grand Hotel Savoia é um hotel 5 estrelas luxuoso, mas com um preço ótimo, poucas vezes encontramos um custo benefício assim.
O hotel é histórico, foi no passado o escolhido pelas famílias reais mais influentes da Europa, praticamente uma atração cultural esse hotel. Com sua decoração da “Belle Epoque“, transforma a estadia de seus hóspedes em uma “experiência” a 5 estrelas.
Situa-se ao lado da estação ferroviária Genova Piazza Principe, perto do porto antigo e das atrações do centro histórico.
Em Genova clique aqui e reserve o Hotel Bristol Palace
O Hotel Bristol Palace é um 4 estrelas super bem localizado, na movimentada Via XX Settembre, em pleno centro histórico de Genova. É notadamente um hotel refinado e assim como o Grand Hotel Savoia é um hotel que na “Belle Epoque” era palco de grandes festas, hospedava a sociedade europeia e personalidades como Alfred Hitchcock, nome ligado ao Bristol Palace, pois se hospedou muitas vezes lá e dizem que se inspirou nas suas escadarias de mármore para o seu filme “Vertigem/Um corpo que cai”.
O hotel é restaurado, mas conserva preciosos objetos e móveis antigos elegantes Art Decor.
O Hotel Bristol Palace é membro dos “Locali Storici d’Italia“, associação cultural patrocinada pelo “Ministero per i Beni e le Attività Culturali“, que tutela os mais antigos e prestigiosos hotéis, restaurantes, confeitarias, cafés etc.
Em Genova clique aqui e reserve o Best Western Hotel Metropoli
Hotel bem localizado no centro e com opção de quartos para famílias com crianças
Em Genova clique aqui e reserve o Hotel Fiume
Para um hotel mais econômico em Genova, uma ótima opção é o Hotel Fiume. Bonitinho, organizado, limpo (dormi lá já) e muito bem localizado, no centro também, junto da estação de trem Genova Brignole
Reserva de seus hotéis:
Temos aqui no blog estes posts com dicas de hotéis:
Dicas de hotéis em Cinque Terre
Dicas de onde se hospedar para conhecer Portofino
Caso não tenha optado por algum dos hotéis acima e queira pesquisar outro, veja aqui na caixinha abaixo.
O Booking é o site de reservas mais utilizado no mundo inteiro e o mais confiável! Reservando o seu hotel aqui pelo link do Booking no blog, na caixinha abaixo, você não paga nada a mais por isso, pois sou afiliada do Booking, e o blog recebe uma pequena contribuição para a sua manutenção, ajudando assim o meu trabalho, feito com carinho para os meus leitores. Obrigada!🤗
Reserve seu hotel em Portofino ou em qualquer outra cidade do mundo por aqui:
Informações úteis
Portofino é uma zona de pedestres, só podendo circular nas áreas possíveis, carros autorizados. Então quem estiver indo de carro, pode deixar ele em estacionamento coberto, assim que se chega a Portofino, onde também tem o ponto dos ônibus, de Santa Margherita Ligure, para lá. Ou então deixar o carro em Santa Margherita e seguir para Portofino com o ônibus específico que liga as duas cidades, barco ou táxi.
Sobre o ônibus de Santa Margherita Ligure para Portofino, a linha é número 82, o valor é €3 um trecho individual e €5 ida e volta (EURO). Lembrem de comprar o bilhete antes que dentro do ônibus custa mais e validar na maquininha, ao entrar no ônibus, caso contrário pode levar uma multa se entrar fiscalização. Se pode comprar em vários lugares em Santa Margherita e também na própria estação de trem ao descer, só perguntar, já tem uma lanchonete lá que vende. E procurem pedir a tabela da linha 82, que tem todos os horários dos ônibus, que facilita gerenciar sua visita a Portofino. No papel acho ela melhor, porém vou deixar aqui abaixo já o site onde se pode consultar os horários também.
Sobre os barcos, os valores dependem da companhia e do trajeto que irá fazer, de Santa Margherita para Portofino, eu pago €7 só um trajeto ou €12 ida e volta.
Em Portofino você pode utilizar também taxi boat, para cidades como Santa Margherita Ligure, Camogli, Rapallo e para conhecer San Fruttuoso di Camogli e Punta Chiappa.
Na Via Roma 35 tem a IAT (Informazione Accoglienza Turística), escritório de informações turísticas locais. Eu sempre costumo passar nas IATs de todas as cidades que vou, para pegar material gratuito local e para comprar livros sobre a cidade ou região, se tiver disponível. Algumas não tem quase nada, outras são bem completas.
Lembre de levar uma garrafinha de água, especialmente se vai subir até a igreja de São Jorge ou ir ao castelo e farol, pois subir puxa um pouco e vem a sede.
- Aeroporto de Genova, Aeroporto Internazionale Cristoforo Colombo, site www.airport.genova.it
- Para trens até Santa Margherita Ligure, consulte a Trenitalia, site www.trenitalia.it
- Para barco consulte o Servizio Marittimo del Tigullio, site www.traghettiportofino.it
- Para barco consulte Golfo Paradiso snc, site www.golfoparadiso.it
- Para barco consulte a Cooperativa Battellieri, site www.battellierigenova.it
- Para verificar os horários dos ônibus da linha 82 para Portofino, ver este site www.atpesercizio.it
- Para aluguel de bicicletas consulte Portofino Park&Bike, site www.smlturismo.it
- Castello Brown, site www.castellobrown.com
- Museo del Parco, site www.museodiportofino.it
- Números de emergência: Polícia 112, bombeiro 115 e ambulância 118
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9 Comentários
Nossa, post maravilhoso e mais que completo! Parabéns e obrigada!!!!
Que bom que gostou, muito amor por este post, abraço🤗✨
Em Portofino, o pequeno vilarejo Paraggi conta com algumas boas opcoes de hospedagem. Ja em Cinque Terre, procure se hospedar em Monterosso, ja que e a maior entre as vilas, sendo a area que mais oferece opcoes de hoteis.
Tudo bem? Aqui no blog tem um post só com opções de hospedagens, para quem vem conhecer Portofino e tem outro para quem vem conhecer Cinque Terre. Eu também prefiro Monterosso, para as terras, a não ser que se venha de carro, que nesse caso melhor La Spezia ou Levanto.
Perfeito! Obrigada por tantas informações. ❤️🙏🏻
❤️
Gostei da página. Mas onde diabo foi buscar a ideia que “Assim Falou Zaratustra” é o 2º livro mais vendido de sempre? Obrigado.
Boa noite Paulo, foi uma informação que encontrei durante as pesquisas que fiz ao escrever este artigo. Sendo o livro mais importante de Nietzsche e que influenciou o mundo moderno, creio que a classificação possa ser válida, levando em consideração também as indicações a nível filosófico, nas instituições de ensino no mundo. Embora vamos encontrar classificações que indiquem livros mais atuais e comerciais, mas no fundo, o que importa, é a sua relevância e a vivência de Nietzsche, em Portofino. Um abraço.
Olá. Tudo bem Adriana. Adorei a reportagem. Um beijinho.